Tudo o que você precisa saber sobre a indústria de tintas

A indústria de tintas e vernizes, à primeira vista, não parece algo muito marcante para os brasileiros. Ela está, entretanto, fortemente conectada à história do país.

Foi graças ao pigmento avermelhado do Pau Brasil, que houve interesse dos portugueses em efetivamente colonizar o território.

Ainda assim, o interesse por cores e pigmentos é muito mais antigo do que isso. Há registros pré-históricos de sua produção a partir de elementos naturais.

As substâncias resultantes eram usadas para ilustrar cenas do cotidiano, resultando nas chamadas gravuras rupestres.

Com o desenvolvimento tecnológico ao longo dos séculos, foram descobertas novos pigmentos e propriedades.

Que favoreceram o fortalecimento desta milenar indústria. Confira algumas informações importantes a respeito da indústria de tintas:

1. A composição básica de todas as tintas é a mesma

Veículos, pigmentos, solventes e aditivos. São estes os quatro elementos básicos de todas as tintas em circulação no mercado. A única coisa que muda são as substâncias usadas para cada fim.

No caso dos aditivos, há uma série de compostos químicos, que conferem diferentes propriedades às tintas, tais como:

  • Antiespumantes: evitam o surgimento de espuma;
  • Secantes: aceleram a secagem da tinta;
  • Anti-sedimentares: evitam o aparecimento de sedimentos na tinta;
  • Plastificantes: deixam as películas mais flexíveis;
  • Nivelantes: fazem com que a tinta nivele a superfície;
  • Antifungos: evitam que microorganismos deteriorem a tinta.

Portanto, desenvolver uma tinta é muito mais complexo do que parece. É preciso analisar as propriedades das substâncias disponíveis e decidir se elas serão úteis para o produto.

2. Existem tintas para diferentes materiais

A chamada tinta imobiliária domina o mercado de pigmentos. Só ela é responsável 80% do volume do mercado e 63% das vendas.

Apesar disso, cada material tem suas propriedades, o que torna necessário o desenvolvimento de tintas específicas para cada um.

Outros produtos que também são importantes para o mercado brasileiro e foram desenvolvidos especialmente para certos materiais são:

  • Tinta automotiva para montadoras;
  • Tinta automotiva para repintura;
  • Tinta industrial, usada na linha de produção de diversos itens.

Há, ainda pigmentos para pintar outros materiais, como a madeira. Do mesmo modo, existem acessórios para manipular as tintas, tais como a pistola de pintura eletrica.

3. É preciso ter um rigoroso controle de qualidade

Por mais que uma fabrica de tintas tenha um processo de produção impecável, erros acontecem. E eles são capazes de prejudicar consideravelmente a qualidade do produto final.

Portanto, é essencial que as indústrias tenham um controle de qualidade eficaz. Sua função é analisar amostras aleatórias das tintas e verificar se elas seguem o padrão estabelecido pela empresa.

Em caso de detecção de anormalidade, é preciso retirar todo o lote do mercado e apurar os motivos do erro, de modo que ele não se repita.

4. Existem vários tipos de pigmentos para a mesma cor

A industria de tintas processo inclui a escolha dos melhores compostos químicos para a elaboração dos produtos.

Este pode ser um processo complexo devido a apenas um fator: a existência de vários pigmentos, que podem reproduzir uma única cor. No caso da cor branca, o mais usado é o dióxido de titânio.

Mas há pelo menos outra quatro substâncias que podem exercer o mesmo papel. Além disso, a concentração do pigmento também varia em função do uso da tinta.

Enquanto uma tinta simples tem entre 50 e 75% de pigmento, a versão para madeira tem bem menos: entre 35 e 40%, podendo chegar a 25% no caso de tintas para metais.

5. Tintas não são apenas questão de estética

Por mais que a cor seja uma antiga fascinação humana, ela não é o único aspecto que deve ser levado em conta na fabricação de tintas.

No caso da construção civil, elas são uma medida de segurança e preservação, pois são uma camada a mais de proteção para a estrutura do prédio.

Do mesmo modo, elas precisam ser seguras para seres humanos. Portanto, deve-se evitar o uso de substâncias tóxicas.

No caso de certos tipos de tintas, como a automotiva, é preciso orientar os compradores a tomar as medidas de segurança necessárias em sua manipulação, como o uso de máscaras e luvas.

6. É possível fabricar acessórios de pintura

Grandes fábricas não se dedicam apenas a produzir tintas. Elas também podem produzir acessórios correlatos.

Como pincéis e da pistola para pintar. É uma oportunidade de expandir o mercado e aumentar o tíquete médio de varejistas.