O que é necessário para ter um bom tratamento de efluentes?

Chama-se de efluentes os produtos líquidos ou gasosos, oriundos de ações humanas. Eles podem ser de origem industrial ou doméstica.

As chaminés, por exemplo, são as maiores emissoras de efluentes gasosos no setor industrial. O tratamento de efluentes industriais, por sua vez, consiste em um conjunto de práticas.

Que viabilizam o consumo de corpos hídricos. Cabe lembrar que, o não tratamento implica na poluição dos mesmos, impedindo o consumo da água.

Para ter uma ideia, o Rio Tietê, localizado em São Paulo, possui mais de 130 quilômetros de rio poluído, ou seja, toda esta extensão de recurso hídrico está morta e imprópria para consumo.

Por conta destes fatores, separamos algumas informações sobre o que é necessário para ter um bom tratamento de efluentes.

Importância do tratamento de efluentes

Os efluentes precisam ser tratados para que os recursos hídricos retornem. De despejados irregularmente, o impacto ambiental e os custos gerados para a indústria são muito grandes.

No entanto, o tipo de tratamento vai depender da carga poluidora e a presença de resíduos contaminantes.

Em linhas gerais, os especialistas que coletam e fazem as análises dos parâmetros, que designam a carga orgânica e a carga tóxica dos efluentes.

A Estação de Tratamento de Efluentes (ete) possui diversas unidades, que estão espalhadas por todos os cantos do Brasil. Pois são responsáveis pelo processo de limpeza dos efluentes.

Tipos de procedimentos

Os processos de tratamento podem ser separados em três tipos, segundo as operações usadas na remoção dos poluentes. Para ter uma ideia, as etes convencionais aplicam cerca de cinco etapas aos efluentes. São elas:

  • Pré-tratamento;
  • Tratamento primário;
  • Tratamento secundário;
  • Tratamento do lodo;
  • Tratamento terciário.

No entanto, também existe a ete compacta, um equipamento que pode ser aplicado em efluentes, provenientes de sistemas de tratamento de superfície.

Como anodização, pintura, decapagem, dentre outros. Além disso, ele pode ser usado no tratamento primário ao terciário de efluentes sanitários.

Veja como funcionam as etapas de tratamento

De acordo com o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), os parâmetros estabelecidos aos efluentes que retornam à natureza, devem ser cumpridos pelas empresas do setor industrial.

Sendo que quem não cumprir as medidas está sujeito à prisão.

Pré-tratamento

O pré-tratamento consiste em sujeitar os efluentes à separação de resíduos sólidos. Em linhas gerais, dois processos são usados: desarenação e gradeamento.

A desarenação tem a função de tirar os flocos de areia por meio da sedimentação. Sendo assim, os grãos de areia vão para o fundo do tanque.

Enquanto as matérias orgânicas ficam na superfície. O processo facilita o transporte e conserva os equipamentos.

Em contrapartida, o gradeamento acontece por meio de grade metalizada, que funcionam como uma barreira para resíduos sólidos. Portanto, o procedimento garante maior segurança aos equipamentos das estações.

Tratamento primário

O tratamento primário é composto de processos físico-químicos, que buscam tirar os sólidos que estão suspensos, bem como os materiais flutuantes, como a matéria orgânica.

Esses processos constituem diversas etapas, uma vez que são inseridos produtos químicos nos efluentes, para neutralizar a carga.

Posteriormente, acontece a floculação do efluente, que é o agrupamento das partículas de poluição. A etapa do tratamento é importante, porque inicia a alteração das propriedades poluidoras.

Tratamento secundário

Nessa etapa acontecem os processos bioquímicos, que podem ser anaeróbios ou aeróbios. Objetivo é remover a matéria orgânica oriunda do tratamento anterior.

Os processos aeróbicos e anaeróbicos, agem na composição da matéria orgânica suspensa e a dissolvida na água, resultando em gás carbônico, água e material celular. Por fim, quase 95% do processo ficam livres de efluentes.

Tratamento do lodo

O lodo é toda a matéria orgânica removida durante o tratamento de esgoto. Portanto, a quantidade e natureza vão depender das características do efluente inicial e do tipo de tratamento.

O tratamento de Iodo reduz o volume e o teor de matéria orgânica, uma vez que realiza o adensamento. O processo tem o intuito de diminuir a quantia de água no Iodo, diminuindo o volume.

Neste processo, o teste de estanqueidade deve ser feito, para que impermeabilize o equipamento, assim, impedindo o vazamento de fluidos.

A segunda etapa é a digestão anaeróbica, que reduz o volume e permite a reutilização do Iodo, como em atividades agrícolas, por exemplo.

A terceira etapa, submete o lodo ao procedimento químico, garantindo a coagulação dos sólidos, bem como a remoção de umidade.

Por fim, o produto é rico em fósforo e nutriente, bem como matéria orgânica e nitrogênio, proporcionando melhor usabilidade nos setores da agricultura e reflorestamento.

Tratamento terciário

Depois do tratamento de agua secundário, a água pode voltar aos recursos hídricos, mas pode passar o efluente por mais um tratamento, para que seja reutilizado, para fins não potáveis.

Essa reutilização é importante para a escassez de água, uma vez que o líquido é usado para lavagem de ruas, no caso.

Dessa forma, o tratamento serve para remover as substâncias, por meio de técnicas de filtração, estanqueidade, ozonização, cloração, osmose reversa, entre outras.