Como funcionam as chopeiras: curiosidades e características

O Brasil está entre os países que mais consome chopp em todo o mundo. De acordo com uma pesquisa realizada por uma instituição alemã, o país ocupa a 17ª posição entre os maiores consumidores de chopp e cerveja, tendo um consumo médio de 62 litros por ano.

Quem ocupa o primeiro lugar é a República Checa, com 142 litros consumidos anualmente por habitante. Em seguida, a Áustria, com 108 litros. Já a Alemanha, famosa pelo Oktoberfest, está na terceira posição com 107 litros por pessoa.

Não é novidade que o brasileiro adora um bom chopp – ainda mais durante o verão, um dos períodos mais longos do clima tropical. Por esse motivo, um dos setores que mais cresce no país é o de fabricação de chopeiras, seja para bares, restaurantes ou, até mesmo, para residências.

Princípios básicos de funcionamento da chopeira

O famoso chopp nada mais é que a cerveja não pasteurizada, que sai de um reservatório sob pressão. Sendo assim, o principal componente de funcionamento de uma chopeira é o cilindro de gás para chopp, que irá estocar a cerveja e, assim, pressionar o líquido.

Em geral, o chopp é tirado a 2,5 kgf/cm2 e o creme do colarinho, a 3,5 kgf/cm2 de pressão, para melhor qualidade e sabor da bebida.

Normalmente, os cilindros armazenam gás carbônico (CO2), que é um dos principais gases de carbonatação forçada.

Com isso, obtém-se o gás do chopp, responsável pelas bolhas e pela qualidade da espuma.

Para que isso ocorra da maneira correta, os cilindros devem ser fabricados com materiais resistentes, como o alumínio, que suporta a compressão e as variações de pressão.

Além disso, os cilindros também devem suportar os processos de corrosão interna e externa, sendo testados para exceder uma taxa de uso de 10.000 ciclos, com uma taxa de pressão de 1800 PSI ou 124 bar.

Nestas especificações, é possível encontrar cilindros em Aço de Norma ABNT/SAE 1541, com espessura de 4,5 mm e pressão hidrostática de 21 Mpa ou 300Kgf/cm2.

Depois de pressurizado nos cilindros, o chopp passa em mangueiras plásticas, que levam a bebida até o pré-resfriador.

Esse componente conta com uma solução aquosa, como o argônio líquido, que resfria o chopp a -2 graus. Posteriormente, a bebida passa por uma serpentina, que leva o chopp até outra compartição, onde o resfriamento é feito com gelo picado.

Finalmente, o chopp chega até a mangueira e pode ser servido em uma temperatura ideal.

Controle do processo pelas válvulas de pressão

Apesar do funcionamento das chopeiras ser relativamente simples, é preciso adotar alguns cuidados com o equipamento, especialmente para evitar vazões por pressão.

A presença da válvula de alívio de pressão, por exemplo, já ajuda bastante a reduzir possíveis falhas na chopeira e contribuir com os níveis de pressão adequados.

A válvula de pressão nada mais é que um dispositivo de segurança, sendo responsável por aliviar um sistema pressurizado que apresenta algum problema, como o aumento da pressão a um nível potencialmente perigoso.

Dessa maneira, a valvula de alivio é capaz de evitar acidentes, funcionando como uma saída alternativa para a pressão.

Diante disso, é importante que a válvula seja fabricada com as seguintes recomendações:

  • Em material resistente a pressões elevadas;
  • Em conformidade com as normas técnicas;
  • Com capacidade de programação para sistemas pressurizados;
  • No tamanho adequado, dependendo da aplicação.

Vale ressaltar que existem inúmeros modelos de válvulas de pressão, não somente para chopeiras, mas também para sistemas de pressurização industriais, caldeirarias, trabalhos com chapeiro, entre outros.

Entre os principais tipos de válvulas, encontra-se a IP-50, especialmente projetada para redes de compressão de ar com larga gama de pressão de ajuste.

Além da IP-50, a IP-100 é indicada para proteção de sistemas a vapor, ar comprimido e refrigeração, além da IP-150, com duplo anel, para proteção de sistemas com redução de pressão, refluxos e outros fatores.

Por esse motivo, antes de adquirir a válvula, deve-se verificar o tipo de aplicação e, assim, escolher o componente adequado, conforme as especificações.

Há, ainda, modelos de válvulas de alívio somente para redes de abastecimento hidráulico.

Elas podem ser vistas em sistemas de distribuição e tratamento de água, por exemplo. Assim como as outras válvulas, os componentes são duráveis e têm ótimo desempenho.